Não se iluda: na disputa eleitoral, o que menos importa para os candidatos é o debate político. Eles não estão preocupados em ter uma proposta. Eles podem prometer qualquer coisa. Eles vão dizer o que o povo quer ouvir. Infelizmente, na maioria das vezes, quem vence as eleições não é o candidato mais preparado ou o que tem as melhores propostas.
A primeira coisa com que os candidatos se preocupam é com a publicidade. Eles querem se tornar conhecidos. E vão investir pesado nisso. (Esta é a razão pela qual partidos políticos se esforçam para ter como candidatos os cantores, atores, jogadores de futebol, apresentadores de TV...) As eleições de 2016 começaram já em 2014, quando muitos lançaram candidatura para os cargos de deputado estadual e federal mesmo sabendo que não tinham a menor chance de vencer, apenas com o objetivo de se tornarem conhecidos. Em 2015, vimos muitos outdoors sem sentido, desejando feliz dia das mães e coisas do tipo, apenas para fixar na mente do eleitorado os rostos que virão para a disputa no próximo ano...
A busca por visibilidade não é totalmente condenável, já que é inevitavelmente necessário que o candidato se torne conhecido pelo eleitorado. Existe uma outra estratégia, no entanto, que é mais vergonhosa, mais covarde, e que será amplamente utilizada nessas próximas eleições. É a estratégia da comoção popular, do apelo emocional. É uma estratégia amplamente utilizada no Brasil. Por que você acha que a presidenta Dilma Rousseff, quando candidata à reeleição em 2014, mostrou em sua propaganda eleitoral na TV imagens de uma visita de seus netos ao seu gabinete e falou de sua relação com os familiares? O que isso tem a ver com política? Coisa nenhuma, mas quem liga? E é muito provável que o PT tenha escolhido Dilma para ser a candidata à presidência em 2010 acreditando que o povo estivesse comovido com sua então recente luta contra o câncer... Raul Henry, quando candidato à prefeitura do Recife, tentou comover os eleitores com o acidente que sofrera, no qual perdeu uma das vistas. Mas nenhum desses casos se compara à exploração eleitoreira da comoção pela morte do ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à presidência Eduardo Campos. Sua morte rendeu votos a muita gente. Elegeu o governador do estado, um senador, deputados e ainda pode eleger vários prefeitos em diversos municípios do estado.
Em Olinda, o irmão do ex-governador, Antônio Campos, será candidato à prefeitura. E ele começou cedo sua campanha. Foi multado, inclusive, por isso... Antônio Campos, o "Tonca", não é de Olinda, não conhece a cidade e não tem nenhuma experiência política. Não tem qualquer identificação com a cidade. Pretende vencer as eleições confiando apenas no irmão e no avô Miguel Arraes, ambos falecidos. É muito provável que outros também usem a imagem dos falecidos para tentar abocanhar uma vaga na câmara municipal.
Eu quero acreditar que a internet será responsável por uma conscientização do eleitorado nesse próximo ano. Que o eleitor estará atento a esses truques e não será tão facilmente enganado. Eleitor, questione, cobre, não aceite ser enganado! O que está em jogo é a nossa cidade, pelos próximos 4 anos ou mais.
A primeira coisa com que os candidatos se preocupam é com a publicidade. Eles querem se tornar conhecidos. E vão investir pesado nisso. (Esta é a razão pela qual partidos políticos se esforçam para ter como candidatos os cantores, atores, jogadores de futebol, apresentadores de TV...) As eleições de 2016 começaram já em 2014, quando muitos lançaram candidatura para os cargos de deputado estadual e federal mesmo sabendo que não tinham a menor chance de vencer, apenas com o objetivo de se tornarem conhecidos. Em 2015, vimos muitos outdoors sem sentido, desejando feliz dia das mães e coisas do tipo, apenas para fixar na mente do eleitorado os rostos que virão para a disputa no próximo ano...
A busca por visibilidade não é totalmente condenável, já que é inevitavelmente necessário que o candidato se torne conhecido pelo eleitorado. Existe uma outra estratégia, no entanto, que é mais vergonhosa, mais covarde, e que será amplamente utilizada nessas próximas eleições. É a estratégia da comoção popular, do apelo emocional. É uma estratégia amplamente utilizada no Brasil. Por que você acha que a presidenta Dilma Rousseff, quando candidata à reeleição em 2014, mostrou em sua propaganda eleitoral na TV imagens de uma visita de seus netos ao seu gabinete e falou de sua relação com os familiares? O que isso tem a ver com política? Coisa nenhuma, mas quem liga? E é muito provável que o PT tenha escolhido Dilma para ser a candidata à presidência em 2010 acreditando que o povo estivesse comovido com sua então recente luta contra o câncer... Raul Henry, quando candidato à prefeitura do Recife, tentou comover os eleitores com o acidente que sofrera, no qual perdeu uma das vistas. Mas nenhum desses casos se compara à exploração eleitoreira da comoção pela morte do ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à presidência Eduardo Campos. Sua morte rendeu votos a muita gente. Elegeu o governador do estado, um senador, deputados e ainda pode eleger vários prefeitos em diversos municípios do estado.
Em Olinda, o irmão do ex-governador, Antônio Campos, será candidato à prefeitura. E ele começou cedo sua campanha. Foi multado, inclusive, por isso... Antônio Campos, o "Tonca", não é de Olinda, não conhece a cidade e não tem nenhuma experiência política. Não tem qualquer identificação com a cidade. Pretende vencer as eleições confiando apenas no irmão e no avô Miguel Arraes, ambos falecidos. É muito provável que outros também usem a imagem dos falecidos para tentar abocanhar uma vaga na câmara municipal.
Eu quero acreditar que a internet será responsável por uma conscientização do eleitorado nesse próximo ano. Que o eleitor estará atento a esses truques e não será tão facilmente enganado. Eleitor, questione, cobre, não aceite ser enganado! O que está em jogo é a nossa cidade, pelos próximos 4 anos ou mais.