ANIMAIS - Parece que, para alguns, não é um assunto sério o suficiente para entrar na pauta do poder institucional. Afinal, animais não falam, não debatem. Não votam... Tomo para mim, então, a frase título de uma campanha de 2010 do Movimento de Defesa Animal de Pernambuco: "Eles não votam, mas nós sim!"
França e Nova Zelândia já reconheceram legalmente os animais como seres sencientes. Isto significa que os animais deixam de ser considerados como propriedade pessoal e passam a ser sujeitos de direito. Animais têm sentimentos. Isto já é conhecido pela ciência há muitas décadas. É preciso agora que a legislação garanta seus direitos.
Animais abandonados são um problema nas ruas de Recife e Olinda. Vagam em busca de alimento e abrigo, sujeitos a maus tratos, doenças, acidentes, pondo em risco também os seres humanos. Assim, é preciso que o poder público crie políticas que visem a diminuir o abandono de animais, estabelecer um controle da população animal nas ruas e dar um destino adequado aos animais abandonados nas ruas.
Em 2012, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou um importante projeto de lei que estabelece políticas públicas para o controle populacional de cães e gatos¹. Traz propostas como castração responsável de animais de rua, campanhas de conscientização para reduzir o abandono e a identificação e registro de proprietários de cães e gatos. São ideias que poderiam ser discutidas e implantadas também aqui em Pernambuco.
Políticas para os animais são um assunto sério e precisa ser discutido de forma igualmente séria. "Eu tenho sentido que a forma pela qual nós tratamos os animais é um bom indicador da falta de compaixão que somos capazes de sentir pela raça humana" (Ali McGraw).
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1- Fonte: Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/politicas-para-animais-de-rua-2hutvnemq24rpxvugt2xqgz0u).
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