A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1948, motivada principalmente pelo sentimento de comoção mundial após a barbárie da Segunda Guerra Mundial. Quase 70 anos depois, é triste perceber que o mundo não amadureceu o suficiente no que diz respeito à cultura de direitos humanos. Este é um tema que não pode esperar, precisa ser debatido com urgência.
A cultura de direitos humanos é talvez o ideal mais nobre que pode governar as nações, mais do que qualquer teoria política, mais do que qualquer filosofia. Está acima dos ideais de esquerda ou direita. Defender os direitos humanos é o único ideal que pode verdadeiramente promover a felicidade dos povos.
Não importa o sistema político ou econômico. Se toda forma de discriminação racial for combatida, se toda forma de discriminação de gênero for abolida, se nenhum ser humano for hostilizado ou diminuído, se toda homofobia for combatida, assim como todas as outras formas de preconceito e discriminação, se todo ser humano tiver a liberdade de crer ou de não crer segundo os ditames de sua consciência, se tiver a liberdade de viver da maneira como crê que o levará à felicidade, se nenhum ser humano tiver que ser submetido a sofrimento, a humilhação ou a qualquer situação degradante, se toda pobreza e miséria for combatida, se todos tiverem igualdade de oportunidades, se a todo ser humano forem garantidos os seus direitos, direito à vida, à moradia, à alimentação, à saúde, ao lazer, à educação, à cultura, à informação, à segurança, à mobilidade, à liberdade de expressão e de pensamento; se o meio ambiente for preservado, se nenhuma criatura tiver que ser submetida à dor ou ao sofrimento, se os animais forem tratados com respeito; enfim, se tudo isso for respeitado, não importa o sistema político, eu serei a favor.
Esse é um ideal pelo qual vale a pena lutar.
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